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Dez anos após rompimento de barragem, movimento cobra reparação integral

“A maior parte dos atingidos do ES e Minas não teve ainda reparação justa", afirmou Juliana Stein / Foto: Lucas S. Costa

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Nesta quarta-feira (5), dia em que o rompimento da barragem de Mariana (MG) completa 10 anos, a coordenadora nacional e estadual do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Juliana Stein Nicoli, falou à Tribuna Popular sobre as consequências do desastre ao meio ambiente e à saúde. Ela reiterou a necessidade de as empresas responsáveis quitarem o “débito social” ainda existente.

Um dos pontos mais visados pela convidada do deputado João Coser (PT) foi o alijamento da participação popular nos acordos, como o de 2016, e a nova repactuação do Rio Doce. Na opinião dela, esse modelo de negociação acabou resultado na ausência de grupos que deveriam ter sido contemplados, como comunidades pesqueiras da Região Metropolitana da Grande Vitória.

“A maior parte dos atingidos do Espírito Santo e Minas Gerais não teve ainda reparação justa e integral aos seus danos”, considerou. Diante do cenário, o MAB, segundo revelou Juliana, luta atualmente para estabelecer o Conselho Estadual de Participação Popular, mesmo depois de uma Secretaria de Estado do Rio Doce (SERD) ter sido criada para tratar o assunto.

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“Nossa luta vai continuar, por mais 5, 10, 20, ou quantos anos forem necessários até que todos os atingidos por esse crime sejam reparados integralmente e com justiça”, afirmou a convidada. O deputado João Coser ressaltou que o desastre comprometeu a vida de muitos. “O movimento cobra até hoje reconhecimento dos grupos que ainda estão fora”, completou.

Educação étnico-racial

Indicado pela parlamentar Camila Valadão (Psol), o professor Ludovico Muniz Lima pediu a criação de mecanismos de fiscalização e políticas públicas para implementação da Lei Federal 10.639/2003. A legislação obriga o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira nos níveis fundamental e médio em todo o Brasil.

Muniz apresentou gráficos que indicam desigualdades raciais na educação capixaba. De acordo com ele, os dados não mostram “um melhor desempenho de estudantes brancos por uma questão inata, e sim por uma desigualdade de acesso ao direito à aprendizagem”.

O convidado também falou do financiamento. “Para acessar o recurso que diz respeito a 2,5% do financiamento do Fundeb nos entes federados, é preciso reduzir desigualdades educacionais socioeconômicas e raciais. O Espírito Santo, para o exercício financeiro de 2025, foi considerado não habilitado”, disse.

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Incentivo à leitura

Já Irene Neta de Oliveira Pianissola pontuou o incentivo à prática da leitura como uma maneira de propor um equilíbrio ao uso crescente de telas e jogos eletrônicos. Autora de 11 livros, ela sofre com uma doença rara chamada de ataxia espinocerebelar. Irene viu na escrita uma maneira de lidar com a sua condição. “A leitura é a chave que abre portas para o conhecimento”, avaliou a convidada do deputado Toninho da Emater (PSB).

Demais convidados

Também participou da Tribuna Popular Samarone Carlos Monjardim de Souza, presidente do Três de Maio Futebol Clube, na Grande Goiabeiras, em Vitória. Indicado pelo deputado Coronel Weliton (PRD), o convidado pediu apoio para que o campo do time seja refeito após disputas judiciais sobre o terreno. Já Roberta Alcalá divulgou o Festival Cultural Gospel Yahweh.

Fonte: POLÍTICA ES

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